24/10/2009
Modos de representação do discurso
sábado, outubro 24, 2009
7º ano, Aprender, discurso directo / discurso indirecto, modos de representação do discurso
3 comments
O discurso é uma forma de comunicação, oral ou escrita, que obedece às regras do código linguístico.
DISCURSO DIRECTO
O discurso directo é um meio de expressão em que as palavras de uma personagem são reproduzidas tal como ela disse.
- João, agora queres ver o programa sobre a selva?
- Não, por acaso, agora não posso.
DISCURSO INDIRECTO
O discurso Indirecto é um modo de expressão utilizado pelo narrador em que este reproduz o que a personagem teria dito.
A mãe perguntou ao João se naquele momento queria ver o programa sobre a selva, ao que ele respondeu que por acaso não podia.
Observa o quadro onde se verificam as principais alterações na transposição do discurso directo para o indirecto.
DISCURSO DIRECTO
O discurso directo é um meio de expressão em que as palavras de uma personagem são reproduzidas tal como ela disse.
- João, agora queres ver o programa sobre a selva?
- Não, por acaso, agora não posso.
DISCURSO INDIRECTO
O discurso Indirecto é um modo de expressão utilizado pelo narrador em que este reproduz o que a personagem teria dito.
A mãe perguntou ao João se naquele momento queria ver o programa sobre a selva, ao que ele respondeu que por acaso não podia.
Observa o quadro onde se verificam as principais alterações na transposição do discurso directo para o indirecto.
Discurso directo | Discurso indirecto |
Tempos e modos: - presente - pretérito perfeito - futuro - modo imperativo | Verbo declarativo (dizer, perguntar, responder, pedir, ordenar..). Tempos e modos: - pretérito imperfeito - pretérito mais que perfeito - condicional - modo conjuntivo |
Pessoa gramatical (verbos, pronomes pessoais e possessivos) - 1ª ou 2ª | Pessoa gramatical (verbos, pronomes pessoais e possessivos) - 3ª |
Advérbios: de tempo -agora -hoje, ontem -amanhã de lugar -aqui -cá | Advérbios: de tempo -então - naquele dia, no dia anterior - no dia seguinte de lugar - aqui, além, acolá -naquele local |
| Desaparece ou passa a complemento directo |
20/10/2009
ESTRUTURA DO SERMÃO DE SANTO ANTÓNIO AOS PEIXES
ESTRUTURA DO SERMÃO DE SANTO ANTÓNIO AOS PEIXES
A estrutura do sermão segue os preceitos da retórica clássica sendo constituída pelo exórdio, pela exposição e confirmação, e pela peroração, que, no texto argumentativo, corresponde, respectivamente, à introdução, ao desenvolvimento e à conclusão.
A pessoa gramatical privilegiada é, obviamente, a segunda, visto que o seu objectivo é persuadir e contar com a adesão dos ouvintes.
Estrutura externa
Exórdio - capitulo I - apresentação do tema que vai ser tratado no sermão, a partir do conceito predicável e das ideias a defender e que, geralmente, termina com uma breve oração, invocando a Virgem. Esta parte reveste-se de grande importância dado que é o primeiro passo para captar a tenção e benevolência dos ouvintes.
Exposição e confirmação -
capítulos II a V - Retoma a explicitação do assunto, com uma breve explicação da organização do discurso; desenvolvimento e enumeração dos argumentos, contra-argumentos, seguidos de exemplos e/ou citações. A exposição situa-se desde o início do capítulo II até «… Santo António abria a sua [boca] contra os que não se queriam lavar.», no capítulo III; e a confirmação começa a partir de » Ah moradores do Maranhão, enquanto eu vos pudera agora dizer neste caso!» e termina no final do capítulo V.
Peroração (ou epílogo) - capítulo VI - conclusão do raciocínio com destaque para os argumentos mais importantes. Saliente-se que esta é a parte que a memória dos ouvintes melhor retém, pelo que deverá conter os aspectos principais desenvolvidos no sermão, de modo a deixar clara a mensagem veiculada e a levar os ouvintes a pôr em prática os seus ensinamentos.
Estrutura interna
Exórdio
- apresentação do tema, a partir do conceito predicável: «Vos estis sal terrae.» ( Vós sois o sal da terra»);
- louvor elogioso a Santo António: « Santo António foi sal da Terra e sal do mar»;
- invocação à Virgem Maria: »Maria, quer dizer, domina maris: Senhora do mar: […]espero que não me falte a costumada graça. Avé Maria»
- retoma do assunto e explicação da organização do sermão;
- referência às obrigações do sal;
louvores ao peixes:- em geral:
ouvem e não falam;
foram os primeiros seres que Deus criou;
são em maior número;
são melhores que os homens;
revelaram obediência, respeito e devoção;
não se deixaram domesticar.
-em particular:
aos roncadores;
aos pegadores;
aos voadores;
aos polvos.
Peroração
- elevação dos peixes - estão acima dos outros animais e até do próprio pregador (vieira);
- elevação dos peixes - estão acima dos outros animais e até do próprio pregador (vieira);
17/10/2009
Classificação das palavras quanto à posição da sílaba tónica
sábado, outubro 17, 2009
5º ano, 6º ano, Aprender, classificação das palavras quanto à posição da sílaba tónica
No comments
Numa palavra formada por duas ou mais silabas, distinguimos:
- a sílaba tónica: a que se pronuncia com maior intensidade (mais força);
- a(s) silaba(s) átonas: a(s) que se pronuncia(m) com menor intensidade.
Conforme a posição da sílaba tónica, as palavras podem classificar-se em:
- Agudas - a sílaba tónica é a ultima. Ex.: avó
- Graves - a sílaba tónica é a penúltima. Ex.: lápis
- Esdrúxulas - a sílaba tónica é a antepenúltima. Ex.: consciência.
06/10/2009
05/10/2009
01/10/2009
Sermão de Santo António aos Peixes - Resumo
O Sermão de Santo António aos Peixes, da autoria do Padre António Vieira, é, como sabes, uma obra literária do Barroco português.
Porquê o nome deste sermão dado por Padre António Vieira?
-Homenagem ao Sto. António (pregado no dia de Santo António)
-Segue o exemplo do sermão de Santo António (aos peixes)
-Tal como Sto. António tenta converter os hereges (expulsem os demónios dentro de si), também Padre António Vieira tenta fazer isso com os colonos portugueses no Brasil.
Objectivos:
-Pretende agitar as consciências (abrir os olhos), conduzir à reflexão.
-Pretende evitar o mal e preservar o bem (sal que tenta salgar)
Estrutura do Sermão de Santo António aos peixes
1. Exórdio - capítulo.I
Exórdio: Funcionalidade das perguntas retóricas, recursos expressivos, processo do distinguo e relevância das narrativas
A partir do conceito predicável "vós sois o sal da terra": "Santo António foi sal da terra e foi sal do mar."
A razão pela qual ele nos fala da corrupção no capitulo I (Exórdio) (e nós concordamos), é porque existem várias razões para tal.
Causas Responsáveis pela corrupção | |
Pregadores < | Ouvintes < |
“Sal”à”Sal que não salga” Falsa doutrina “ Não pregam a verdadeira doutrina” | “Terra”à “Terra não deixa salgar” Recusa da verdadeira doutrina “ou não querem receber” |
Palavras = comportamento à”Dizem uma coisa e fazem outra” | Imitação de comportamentos incorrectos “imitar o que eles fazem” |
Vaidade dos pregadores (“Se pregam a si”) | Egocentrismo, satisfação das vontades (“Servem a seus apetites”) |
Personagens do Auto da Barca do Inferno
Análise das personagens
O Fidalgo (Don Anrique)
Adereços que o caracterizam:
- manto: vaidoso
- cadeira: julgava-se importante e poderoso
Argumentos de Defesa:
- Barca do Inferno é desagradável
- tem alguém na Terra a rezar por ele
- é “fidalgo de solar” e por isso deve entrar na barca do Céu
- é nobre e importante
Tipo:
- nobreza
Argumentos de acusação:
- ter levado uma vida de prazeres, sem se importar com ninguém
- ter sido tirano para com o povo
- ser muito vaidoso
- desprezava o povo
Referência ao pai de Don Anrique porque:
- é uma denuncia social, porque também o pai do Fidalgo já tinha entrado na Barca do Inferno, isto é, toda a classe nobre tinha os mesmos pecados
A movimentação dele em cena:
- 1º foi á barca do Diabo que lhe explica para onde vai a barca e falando sempre em tom de ironia
- depois foi à barca do Paraíso para tentar a sua sorte, mas o Anjo acusa-o de tirania e diz-lhe de q maneira nenhuma pode lá entrar
- o Fidalgo volta para a Barca do Inferno e o Diabo explica-lhe todos os seus pecados, fazendo com que ele fique muito triste e arrependido
Momentos psicológicos da personagem:
- ao princípio o Fidalgo está sereno e seguro que irá para o Paraíso
- dirige-se à barca do Anjo, arrogante, e fica irritado porque ele não lhe responde e mostra-se arrependido e desanimado por ter confiado no seu “Estado”
- no fim dirige-se ao Diabo, mais humilde, pendindo-lhe que o deixe regressar à Terra p ir ter com a amante
Crítica de Gil Vicente nesta cena:
- os nobres viviam como queriam (vida de luxúria)
- pensavam que bastava rezar e ir à missa para ir para o Céu
Características dadas às mulheres desse tempo:
- mentirosas
- infiéis
- falsas
- fingidas
- hipócritas
Caracterização do Fidalgo:
- nobre (fidalgo de solar)
- vaidoso
- presunçoso do seu estado social
- o seu longo manto e o criado que carrega a cadeira representam bem a sua vaidade e ostentação
- a forma como reage perante o Diabo e o Anjo revelam a sua arrogância ( de quem está habituado a mandar e a ter tudo)
- apresenta-se como alguém importante
- despreza a barca do Diabo chamando-lhe “cortiço”
- a sua conversa com o Diabo revela-nos q além da sua mulher tinha uma amante, mas q ambas o enganavam pois a mulher quando ele morreu chorava mas era de felicidade e a amante antes d ele morrer já estava c outro
- o Fidalgo é, pois, uma personagem tipo q representa a nobreza, os seus vícios, tirania, vaidade, arrogância e presunção
Desenlace:
- Inferno
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